Porque tudo na vida é passado/ rebusco-te nas fotos da infância/ o vestidinho pregueado/ alguma trança/ que se desfez ao vento/ cariciando seus cabelos finos// Porque agora é também ontem/ habitando esparsas latitudes/ em contração e espasmo o pensamento/ delineia a sempre mesma busca// Ainda hoje um raio claro/ povoou teu rosto, fragmentou-se em sombras/ efêmeros detalhes/ e em teus olhos se firmou/ como um sorriso frágil/ a serenar-se em fugaz arquitetura// Revisito tua imagem cotidianamente/ e assim o meu amor se expande/ em tessituras de vôo e altura/ Porque o passado/ é um presente que perdura.

Luíza Mendes Furia

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