A Internacional



Música: Pierre Degeyter/Letra: Eugene Pottier

 

De pé ó vítimas da fome/De pé famélicos da terra

Da idéia a chama já consome/A crosta bruta que a soterra

Cortai o mal bem pelo fundo/De pé, de pé, não mais senhores

Se nada somos em tal mundo/Sejamos tudo ó produtores.

Bem unidos façamos/Nesta luta final

Uma terra sem amos/A Internacional

Senhores patrões chefes supremos/Nada esperamos de nenhum

Sejamos nós que conquistemos/A terra mãe livre comum

Para não ter protestos vãos/Para sair deste antro estreito

Façamos com nossas mãos/Tudo o que a nós nos diz respeito.

O crime do rico a lei o cobre/O Estado esmaga o oprimido

Não há direito para o pobre/Ao rico tudo é permitido.

À opressão não mais sujeitos/Somos iguais todos os seres

Não mais deveres sem direitos/Não mais direitos sem deveres

Abomináveis na grandeza/Os reis da mina e da fornalha

Edificaram a riqueza/Sobre o suor de quem trabalha.

Todo o produto de quem sua/A corja rica o recolheu

Querendo que ele o restitua/O povo quer só o que é seu.

Nós fomos de fumo embriagados/Paz entre nós guerra aos senhores

Façamos greve de soldados/Somos irmãos trabalhadores.

Se a raça vil cheia de galas/Nos quer à força canibais

Logo verá que nossas balas/São para os nossos generais

Pois somos do povo os ativos/Trabalhador forte e fecundo

Pertence a terra aos produtivos/Ó parasita deixa o mundo.

Ó parasita que te nutres/Do nosso sangue a gotejar

Se nos faltarem os abutres/Não deixa o sol de fulgurar



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