Neruda
Aqui na ilha há tanto
mar,O mar e mais o
mar.Ele transborda de tempo em
tempo.Diz que sim, depois que
não,Diz sim e de novo
não.No azul, na espuma, em
galopeEle diz não e novamente
sim.Não fica tranqüilo, não
consegue parar.Meu nome é mar ele
repeteBatendo numa pedra, mas sem
convencê-la.Depois com as sete línguas
verdesDe sete tigres verdes, de
sete cães verdes,De sete mares
verdesEle a acaricia, a beija e a
umedece;E escorre em seu
peitoRepetindo seu próprio
nome.O Carteiro e o Poeta (Neruda declama e pergunta a opinião de Mário sobre esse poema, em uma cena que se passa à beira-mar.)
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