Aos Poetas - Miséria
Artista! Se te oprime a esquálida miséria,
Se a grande falta de ouro amarra as tuas asas,
Rojando-te no chão, na lama da matéria,
Mesclando a fome vil ao sonho em que te abrasas.
Não te importe o clamos dessas turbas tão rasas,
Não te importe o pungir da carne deletéria,
Num sol de veludo ou num solo de brasas,
Caminha, fito o olhar numa esperanaça etérea.
Que te importa o banal? A propriedade? O Mundo?
Se te negam o pão, usa a força, expropria;
Em vez de te humilhar, faze-te vagabundo!
Vibra o pletro de luz por esse mundo fora,
Mas lega, quando morto, à multidão sombria,
Um grito de revolta e uma estrofe sonora.
(Soneto libertário, impresso sem nome do autor e outras referências).
Se a grande falta de ouro amarra as tuas asas,
Rojando-te no chão, na lama da matéria,
Mesclando a fome vil ao sonho em que te abrasas.
Não te importe o clamos dessas turbas tão rasas,
Não te importe o pungir da carne deletéria,
Num sol de veludo ou num solo de brasas,
Caminha, fito o olhar numa esperanaça etérea.
Que te importa o banal? A propriedade? O Mundo?
Se te negam o pão, usa a força, expropria;
Em vez de te humilhar, faze-te vagabundo!
Vibra o pletro de luz por esse mundo fora,
Mas lega, quando morto, à multidão sombria,
Um grito de revolta e uma estrofe sonora.
(Soneto libertário, impresso sem nome do autor e outras referências).
Comentários
Postar um comentário